Professor do UNIFIO destaca a relevância do profissional farmacêutico junto à equipe de saúde frente à COVID-19

O professor Maurício Massayuki Nambu, farmacêutico, docente do Curso de Farmácia UNIFIO, desde 2006, destaca que “o profissional farmacêutico deve compor a equipe de saúde e contribuir com suas valorosas competências no enfrentamento da COVID-19”.

Formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), Especialista em Assistência Farmacêutica pelo Ministério da Saúde, Mestre em Saúde Coletiva pela FOP/UNICAMP, e membro da Comissão Consultiva Docente UNIFIO, constituída emergencialmente para tomada de decisões frente a COVID-19, ressalta inicialmente a importância da equipe multiprofissional no enfrentamento da crise ocasionada pela pandemia. “Precisaremos de todos os profissionais, das diferentes áreas do conhecimento para o enfrentamento desta crise mundial sem precedentes, profissionais da área de humanas, auxiliando na assistência, na reformulação habitacional, no entendimento psicossocial, uma vez que a sociedade não mais será a mesma após esta pandemia, profissionais da área de exatas no levantamento de dados e estatística e fundamentalmente dos profissionais da área de saúde na lida direta e indireta diante desta patologia e seus efeitos”, afirma.

Atuante e defensor entusiasta do Sistema Único de Saúde (SUS), o professor destaca que o profissional farmacêutico, tem contribuído dentro de suas diversas áreas de competência de maneira ímpar junto ao enfrentamento desta patologia de caráter pandêmico, reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 11 de março de 2020.

O professor Maurício tem participado de reuniões virtuais com a Comissão Consultiva, coordenada pelo reitor UNIFIO, professor Murilo Ángeli dos Santos, e a convite da professora Cristiane Guarido, coordenadora do Curso de Farmácia da UNIFIO, dos chamados conservatórios, que são discussões virtuais organizadas pela Unitoxfar, com sede na Venezuela e com participação de diversos profissionais, de diferentes países, tais como Argentina, Colômbia, Chile, Equador, Espanha, Estados Unidos, Panamá, Peru, Portugal, além do Brasil e da própria Venezuela, para tratar de assuntos relevantes e compartilhamento de informações e experiências relacionadas a COVID-19.

Segundo o professor Maurício, “o farmacêutico está presente, atuando diretamente nas farmácias comunitárias, na rede privada de saúde, uma vez que farmácias e drogarias estão enquadradas nos serviços considerados essenciais e que, portanto, não podem ser paralisados por medidas como a quarentena”.

Ele observa que “a população encontra no farmacêutico um profissional que pode alertar e orientar quanto às medidas de proteção individual, identificando e orientando pessoas com febre, sintomas respiratórios, como coriza, tosse, obstrução nasal, sobre a necessidade de se evitar contato com outras pessoas, manter distância segura e a procurar autoridades sanitárias/serviços de saúde. Fornecendo informações importantes, sobre a maneira adequada e frequência da higienização das mãos, observando as cinco etapas do processo ou na utilização de álcool líquido ou gel a 70%, incluindo a importância desta concentração na ação contra o vírus”.

De acordo com o professor, “no serviço público, o Farmacêutico, além destas orientações, se encontra inserido na Assistência Farmacêutica, procurando ampliar a capacidade de armazenamento e disponibilização de medicamentos para a Rede de Atenção à Saúde, a qual engloba todos os serviços e pontos de apoio na Saúde Pública, buscando formas de atendimento diferenciadas, como por exemplo, estipulando modificações no fluxo de pacientes, desaconselhando que usuários com mais de 60 anos e/ou com outras doenças que podem predispor o paciente, busquem medicamentos e/ou insumos nas farmácias, verificando a possibilidade de que cuidadores e familiares o façam, utilizando máscara, enfim, adotando outras medidas que possam diminuir a possibilidade de transmissão”.

Além destas ações, explica, “o profissional está atento as novas portarias e normas técnicas que estão sendo publicadas pelas instituições governamentais, tais como modificações no programa Aqui tem Farmácia Popular, estendendo prazos e quantitativos para documentos e medicamentos ou alterações no controle de medicamentos sujeitos a controle especial, aumentando a quantidade de medicamentos que podem ser prescritos”.

O professor relata que está disponibilizando no YouTube® mais informações sobre estes dois temas, veja abaixo:

Segundo o professor, o próprio Ministério da Saúde, já anunciou que irá acionar farmácias brasileiras, e seus farmacêuticos, para que estejam na linha de frente, através de parcerias com o Governo para aplicação de vacina contra a gripe, realização de testes de identificação do coronavírus e notificações de casos suspeitos e/ou confirmados.

O Ministério da Saúde também publicou, no dia 31 de março, a Portaria 639/20, na qual promove uma ação estratégica, direcionada ao cadastramento e capacitação de diferentes profissionais da área da saúde, inclusive o farmacêutico, para enfrentamento da COVID-19. Muito tem se dito, quanto a utilização de alguns medicamentos na COVID-19, entre eles o antitérmico/analgésico, ibuprofeno, esclarecemos que não há evidências científicas de que este fármaco promova problemas para o paciente associado a patologia, contudo o recomendado quando do aparecimento de febre ou dor é que se dê preferência pela dipirona ou paracetamol, os quais inclusive, comenta o professor, são mais usuais para esta finalidade, tanto na rede privada, como no serviço público. Outros medicamentos dos quais se tem comentado com recorrência na mídia, ainda segundo o professor, são a cloroquina e seu análogo hidroxicloroquina, ele lembra que estes fármacos já são utilizados para várias patologias, inclusive com dispensação no SUS, tais como artrites, lúpus e malária. Alguns estudos científicos foram efetuados com estas drogas, trazendo evidências da diminuição da replicação viral. Mediante estas publicações, o Ministério da Saúde emitiu Nota Técnica, recomendando-as como farmacoterapia adjuvante no tratamento de formas graves, em ambiente hospitalar, mas o professor alerta que, não haja corrida na aquisição destes medicamentos, pois poderá ocasionar desabastecimento para quem realmente necessite dos mesmos e também devido ao risco de eventos adversos, reforçando que a automedicação é totalmente não recomendada.

O professor finaliza reforçando que o maior desafio para os sistemas de saúde é a velocidade com que a doença se alastra, podendo gerar casos graves, sobrecarregando o sistema, sendo assim, são fundamentais, a proteção da população idosa, o distanciamento social, a obtenção de informações por fontes confiáveis, a valorização dos profissionais de saúde e a solidariedade, como por exemplo, a demonstrada pelo Curso de Farmácia UNIFIO, que realizou através de parcerias, a produção e distribuição de mais de 2000 litros de álcool 70% junto à comunidade e entidades, e é com muita satisfação que o profissional farmacêutico vem fazendo parte desta força tarefa.

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